Como o CFO pode ser um parceiro para alavancar o seu negócio
- Financeiro
- Autor: Marketing BHub
- Publicado em 04/01/2023
O papel do executivo financeiro passou por algumas mudanças. O CFO agora não é apenas o responsável por fazer balanços e trazer informações financeiras. O webinar “As Recomendações de CFOs da BHub e do IFood para Startups”, organizado pela BHub, mostrou que o CFO se tornou um verdadeiro parceiro de negócios para as empresas.
O bate-papo entre Fernando Ricco, CFO da BHub, Paulo Barboza, líder de visibilidade financeira da BHub, e Luiz Fábio Messora, CFO do iFood Delivery, trouxe práticas das grandes companhias que servem para empresas menores se adequarem à nova função deste cargo.
“O papel do CFO se tornou mais estratégico. Antes, ele basicamente ajudava na parte operacional, mas, hoje em dia, ele precisa entender do negócio e tentar traduzir como os processos podem ser mais saudáveis”, comentou Ricco no webinar.
Messora concordou. “Já foi o tempo de só fazer report. Hoje, ele tem que entender bem o negócio e ser um business partner. Tem que analisar os indicadores, porque não trabalhamos no output, mas sim no input”.
Indicadores relevantes
Sobre os indicadores mais importantes a serem analisados, os especialistas apontaram: Ebitda, lucro operacional, margem líquida final e fluxo de caixa. O CFO do iFood deu destaque também à margem de contribuição, ideal para startups e negócios que pretendem diluir algumas despesas fixas.
“Quando você consegue ter uma boa leitura da sua margem de contribuição e começa a escalar, você tem também uma boa noção da sua rentabilidade”, explicou. Para ele, a leitura do ambiente, ou seja, entender o contexto atual do negócio, também é importante.
Mas o ideal é que as empresas que estão começando foquem nas métricas mais simples, o famoso “feijão com arroz”. “Às vezes, o empreendedor quer deixar muito robusto. Ele quer dificultar e acaba sem tomar decisões com os indicadores”, afirmou Barboza.
CFO como um parceiro
O webinar abordou como deve ser criada essa imagem do CFO como um parceiro de negócio. A tarefa não é das mais simples, porque o executivo financeiro sempre foi visto como o “chato”.
“Precisamos nos posicionar literalmente como parceiros. Precisamos fazer a parte chata, fazer o controle, mas esse é outro viés. Se ficarmos só apontando o dedo não tem como dar certo”, comentou Messora.
A solução, de acordo com ele, é se colocar à disposição. É entender o que acontece na empresa, trazer dados e o histórico do negócio e, assim, reverter a situação. “Como eu consigo ajudar?”, indagou.
Escassez de talentos
É possível notar uma escassez de profissionais de finanças no mercado. “Está difícil achar pessoas que tenham uma senioridade, que saibam o que é um plano de contas e como se deve organizar uma categoria”, disse Paulo.
Como consequência, as empresas viram o preço de manter um time interno voltado apenas para isso encarecer. A resposta agora é a terceirização deste serviço.
“Na BHub, conseguimos ajudar neste quesito. Por meio da tecnologia, organizamos o financeiro das empresas de tal forma que conseguimos oferecer o serviço por um custo acessível”, afirmou o líder de visibilidade financeira sobre o CFO as a Service.
O executivo do iFood acrescentou ainda que os recursos, como tempo e dinheiro, são limitados. “Quando o empreendedor que não tem conhecimento técnico encontra alguém que possa o ajudar, ele foca no que é bom para ele”, explicou.
Tendências do mercado
Luiz Messora acabou de voltar do Vale do Silício, em São Francisco. Lá, encontrou algumas tendências para o mercado que o deixaram otimista. “Voltei muito contente com nosso alinhamento. Estamos tendo uma leitura de contexto certa. A rentabilidade é muito importante agora”, disse.
O CFO comentou também sobre a imagem positiva da América Latina nos Estados Unidos e que o Brasil é o país de destaque da região. “É olhar com otimismo para a América Latina, mas sabendo que o mundo ainda está muito complexo”, acrescentou.
Quando o assunto é venture capital, a situação continua a mesma. O investidor que antes tomaria riscos maiores está mais contido e quer ser certeiro na aposta. Então, Luiz acredita que as startups que estão começando agora precisam levantar muito capital para se manterem.
E, com o atual cenário norte-americano, ele percebeu que a realidade das empresas dos Estados Unidos mudou bastante. Afinal, precisam tomar conta direito das finanças. “Se o Vale do Silício está preocupado com custo, quem aqui não está olhando para isso é louco”, comentou Barboza, de forma descontraída.
Olhando para o e-commerce
Com a pandemia, a movimentação para o ambiente online cresceu bastante. No webinar, os especialistas comentaram um pouco sobre o curto prazo do e-commerce.
“Você precisa tomar decisões sem ter todos os dados. É verdade que é possível medir tudo. Mas, às vezes, o tempo que você perde com todas as informações é maior, você já perdeu o timing”, disse Luiz.
O conceito que deve ser aplicado no e-commerce é o de “fail fast”: falhe rápido, corrija mais rápido ainda.
“No ambiente online, dá para se perder na quantidade de KPIs. É preciso focar naqueles que importam e que realmente vão gerar resultados lá na tela”, finalizou Paulo.
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