Tecnologia no Direito: Melhorando a eficiência e a qualidade dos departamentos jurídicos
- Paralegal
- Autor: Marketing BHub
- Publicado em 31/07/2023
Na última sexta-feira (28), a BHub promoveu um webinar esclarecedor sobre o tema “Desafios na seleção de novas tecnologias para área jurídica”. O evento contou com a participação de três especialistas renomados: Fabiane Kobayashi, sales coordinator da BHub; Guilherme Fernandes, head de Legal Ops da BHub; e Natalia Dias, gerente do departamento jurídico do Grupo Noz.
Durante o encontro, eles abordaram questões cruciais sobre a importância da adoção de tecnologias no âmbito jurídico, seus benefícios, recursos para acompanhar o mercado, análise de processos e fluxos de trabalho, áreas de maior potencial tecnológico, indicadores de desempenho e os desafios comuns na implementação dessas ferramentas.
O objetivo do webinar, como disse Fabiane, foi “olhar para além do direito, tendo uma visão maior de negócio”. E, assim, ajudar com essa questão que “provavelmente tira o sono de muitos gestores jurídicos”.
A Importância da Adoção de Tecnologias na Área Jurídica
A adoção de tecnologias na área jurídica tem se mostrado fundamental para otimizar processos e melhorar a qualidade dos serviços prestados.
Com a crescente demanda por agilidade, eficiência e maior produtividade, as ferramentas tecnológicas podem trazer uma grande vantagem competitiva para os departamentos jurídicos.
De acordo com Natalia, isso não significa necessariamente usar o programa mais disruptivo do mercado. “É apenas olhar para o seu processo e entender como otimizar o seu custo e sua eficiência”, completou a executiva.
Afinal, as operações demandam muito dos departamentos jurídicos e, ao utilizar essas tecnologias, sobra mais tempo para fazer o que de fato deve ser feito.
Recursos e Práticas para Identificar Novas Soluções
Acompanhar o mercado e identificar novas soluções tecnológicas são etapas essenciais para manter um departamento jurídico ou escritório de advocacia atualizado e competitivo.
Os especialistas mencionaram diversas formas de realizar essa tarefa, como participar de eventos e conferências, fazer parte de comunidades jurídicas online, integrar grupos de WhatsApp e realizar benchmarking com outras empresas do setor.
“A troca entre os profissionais da área é muito importante e quanto mais diversidade melhor. Por isso, é interessante conversar com escritórios, startups, advogados autônomos e grandes empresas para entender a realidade do outro”, explicou o Head de Legal Ops.
E, de acordo com ele, realizar uma análise completa dos processos e fluxos de trabalho dentro do departamento jurídico é uma etapa fundamental para avaliar a relevância e o impacto das tecnologias adotadas.
Nesse sentido, é importante identificar os problemas existentes, priorizar as soluções com maior potencial de impacto, considerar os recursos disponíveis e, quando necessário, optar pela terceirização de algumas atividades.
Em muitos casos, a terceirização acaba sendo mais em conta do que internalizar os processos. Isso por conta da implementação, do treinamento e do acompanhamento que as tarefas demandam.
Natalia alertou que os advogados às vezes se descolam do fator “recurso financeiro”, mas não há como ser assim no mercado atual. É inevitável pensar na otimização dos seus custos.
Principais Indicadores de Desempenho a serem Monitorados
Após a implementação das tecnologias, os especialistas afirmaram que é fundamental monitorar os indicadores de desempenho para avaliar os resultados alcançados.
Guilherme destacou três indicadores-chave essenciais a serem acompanhados: custo (redução de gastos desnecessários), qualidade (melhoria nos serviços prestados) e celeridade (maior agilidade nos processos).
“Temos que evitar implementar a tecnologia por implementar. Ela tem que atingir o seu objetivo e alcançar o resultado que você precisa”, explicou.
Desafios Comuns na Implementação de Tecnologias
Por fim, os especialistas abordaram um desafio comum na implementação de tecnologias: as pessoas. A resistência à mudança pode ser um obstáculo significativo, pois nem todos os colaboradores se adaptam rapidamente a novas ferramentas e processos.
“Se as pessoas não comprarem sua ideia, sua ideia não vai funcionar”, afirmou Guilherme.
Por isso, é essencial promover uma cultura de inovação. “Pensar em Legal Ops é pensar em dar mais qualidade para o profissional que está operando”, completou Natalia.
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