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Corporate Venture Capital: por que esse modelo está crescendo tanto?

Um senhor fazendo uma análise de dados corporativos, sentado à mesa com gráficos, notebook e papeis mexendo em um gráfico para ilustrar um executivo analisando riscos de corporate venture capital

O Open Innovation – ou Inovação Aberta, em português – ampliou o conceito de inovação, trazendo a necessidade de colaboração entre empresas, instituições e órgãos públicos. Basicamente, a concepção desmistifica a ideia de que um negócio deve desenvolver novos produtos e serviços apenas baseando-se em pesquisas internas. 

É neste cenário que aparece o Corporate Venture Capital, também conhecido como CVC. O modelo de investimento permite que grandes companhias invistam em negócios menores para trabalhar novas soluções e novos mercados. 

Atualmente, é uma das modalidades de investimento de risco que mais cresce. De acordo com dados do CB Insights, existem cerca de dois mil CVCs operando no mundo. Só no Brasil, são pelo menos 150 fundos corporativos, somando mais de R$ 2 bilhões em aportes por ano. 

Mas por que as empresas estão cada vez mais entrando nessa onda?

Primeiramente, o que é Corporate Venture Capital?

O Corporate Venture Capital é um fundo criado por uma empresa para investir em startups e outros negócios menores. As transações têm como objetivo diversificar a fonte de renda, além de entrar em contato com o que há de mais inovador no mercado. 

Ao invés de produzir a inovação internamente, seja por pesquisa e desenvolvimento (P&D) ou comprando a inovação por meio de fusões e aquisições, a companhia passa a fazer investimentos sistemáticos em negócios que geralmente estão em estágio inicial. 

Dessa forma, a empresa fica mais próxima de tecnologias inovadoras, enquanto recebe um retorno financeiro. 

Quais as vantagens do Corporate Venture Capital?

O CVC traz benefícios tanto estratégicos quanto financeiros para as companhias. Afinal, é mais esperto se juntar às startups que estão crescendo do que competir com elas. Se uma grande corporação optasse por inovar por conta própria, levaria muito mais tempo e gastaria muito mais recursos.

Com o Corporate Venture Capital, a investidora consegue entender melhor o cenário de inovação de seus mercados operacionais e melhorar seu posicionamento competitivo. Ela também tem acesso a tecnologias, tendências e modelos de negócios disruptivos que agregarão valor à empresa.

Além de fortalecer os esforços internos de P&D, o movimento fortalece a aquisição de novos talentos e o aproveitamento de canais de distribuição dos produtos e serviços. 

Já para a investida, o apoio pode significar suporte técnico e segurança para desenvolver projetos mais arriscados. Ademais, a marca de uma grande empresa serve como um selo de qualidade da startup, que terá mais facilidade para conseguir outros investidores e potenciais clientes. 

Crescimento dos fundos corporativos

Com a retração dos fundos de venture capital, o mercado deu uma brecha para os fundos corporativos que investem em startups. Porém, não foi só a crise de liquidez que abriu espaço aos CVCs. A mudança de mentalidade e cultura das companhias na relação com startups também é responsável por esse crescimento. 

Muitas empresas grandes já entenderam que investir em negócios inovadores pode trazer bons retornos, apesar de não serem imediatos. Entre as companhias que contam com um braço interno de CVC estão Dell, Salesforce, Citigroup, Cisco e GE. 

No Brasil, as que mais chamam a atenção são das seguintes empresas: B3, Locaweb, Totvs, Suzano e Renner. Mesmo assim, as instituições financeiras são as que mais lidam com CVCs no País. 

Estima-se que, em 2016, existiam apenas 13 fundos corporativos no Brasil. Hoje, o número já cresceu para mais de 150. Poucas empresas abrem os dados sobre dinheiro disponível para essa finalidade, mas, somente em 2022, 12 novos fundos alcançaram a soma de R$ 2,5 bilhões em capital para esse mercado.

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