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Legal Design: Como a Inovação e Conceitos de Design Podem Revolucionar Seu Departamento Jurídico

Guilherme Deboni, Daniel Ramirez e Rafael Docampo no estúdio da BHub para webinar sobre Legal Design

O setor jurídico está passando por uma revolução impulsionada pela tecnologia e novas abordagens de design. Para abordar essa evolução, a BHub promoveu um webinar com o tema “Como inovar e aprimorar o departamento jurídico com Legal Design”.

O evento foi tocado por três especialistas de ponta: Daniel Ramirez, coordenador de pré-vendas da BHub; Guilherme Deboni, head of sales de Legal Ops da BHub; e Rafael Docampo, CEO da Lexio.

Na ocasião, os profissionais falaram sobre como essas técnicas estão transformando a comunicação de advogados e departamentos jurídicos, além de abordarem os benefícios e dicas práticas para a implementação do Legal Design.

Afinal, o que é Legal Design?

Legal Design é um termo que tem ganhado bastante destaque. Segundo Ramirez, é possível encontrar muitos eventos que falam sobre o tema em diversos canais. E, de acordo com os especialistas, é uma disciplina multidisciplinar que tem como foco o usuário final.

“É o design aplicado aos produtos jurídicos. Isso pode ser o design de processos dentro de um departamento para criar um produto jurídico, por exemplo. Pode ser a redação contratual também”, explicou Docampo.  

Como disseram no webinar, o Legal Design – ou o próprio design em si – ajuda os gestores a pensar em como um cliente vai executar e utilizar um produto, para que eles consigam prever e evitar erros futuros. O conceito ultrapassa a redação de contratos e, assim, vai até o design de processos dentro de um departamento jurídico, simplificando a complexidade inerente a esse campo.

Importância da Simplicidade

Uma das mensagens centrais do encontro foi a necessidade de simplificação na área jurídica. Um contrato não deve ser tão complexo que até mesmo advogados relutam em lê-lo.

“O Legal Design ajuda a tirar da parte burocrática até do próprio advogado”, afirmou o CEO da Lexio.

O executivo comentou que, apesar de não ser tão simples fazer um documento mais simplificado, essa prática pode trazer ganhos. Isso porque o profissional pode focar naquilo que realmente importa para ele. Afinal, a complexidade reduzida pode acelerar o fechamento de negócios e diminuir o tempo gasto em esclarecimentos e dúvidas.

Uma das formas que Rafael usa para trazer essa simplicidade é eliminando a interdependência das cláusulas. “Quando você pega um contrato e deixa as variáveis todas interlaçadas, é muito difícil para apagar uma só, caso você precise”, exemplificou.

Tecnologia e IA

Foi abordado também o papel dos grandes modelos de linguagem (LLMs) e como a inteligência artificial pode ser imprevisível, mas útil, em tarefas jurídicas. A dica aqui é entender qual dessas tecnologias realmente fazem sentido para a sua rotina.

Como a relação de uma IA é probabilística, é comum um mesmo input resultar em diversos outputs – a famosa “alucinação” das inteligências artificiais.

Por isso, às vezes, um software mais simples pode ajudar a reduzir a energia necessária para tarefas diárias, beneficiando a eficiência do departamento jurídico, ao invés de contar com tecnologias mais “desgastantes”.

Visual Law

A conversa também tocou na diferença entre Legal Design e Visual Law. O Visual Law, de acordo com os especialistas, foca em trazer elementos visuais para organizar o documento, tornando o conteúdo mais acessível e fácil de entender.

“Vocês podem perceber que em nenhum momento falamos sobre essa questão gráfica, certo? Esta é a real diferença entre Legal Design e Visual Law”, argumentou Rafael.

Como Implementar Legal Design?

Ao final do webinar, os três profissionais apontaram passos práticos para quem tem interesse em implementar o Legal Design em seu escritório de advocacia ou departamento jurídico. E Docampo deixou bem claro: “Legal Design é para qualquer tipo de empresa e design é para qualquer ser humano. Afinal, ele ajuda você a resolver problemas.”

Entre os principais pontos, eles apontaram os seguintes:

  1. Autoavaliação: Conheça seus objetivos de negócios e como o departamento jurídico pode contribuir.
  2. Pesquisa: Utilize dados e intuição para entender as necessidades de seu negócio e seus clientes internos.
  3. Mapeamento de Processos: Esta é uma ferramenta valiosa para entender os gargalos e desperdícios.
  4. Eliminação de Redundâncias: Simplifique os processos e documentos sempre que possível.
  5. FAQs: Crie um banco de respostas para questões frequentes para agilizar a comunicação.

Deboni deu ainda uma dica ainda mais prática. “Vá nos eventos e faça uma busca no Google que você já saberá quem são as ‘figurinhas carimbadas’ deste meio. Entre no site deles e veja o que estão produzindo de conteúdo. Assim, você já está fazendo um benchmarking”, sugeriu o head da BHub.

Legal Design como Ferramenta Estratégica

O webinar serviu como um guia abrangente sobre as práticas emergentes de Legal Design. Com a crescente complexidade do ambiente jurídico e das transações comerciais, inovações como essas são mais do que bem-vindas; elas são necessárias.

E como ressaltado pelos especialistas, a vontade de mudar e adaptar-se é o primeiro passo para emancipar o departamento jurídico das tarefas operacionais e posicioná-lo como uma área estratégica dentro da organização.

Para assistir ao webinar na íntegra, clique aqui.

 

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