Investimento-anjo: o que é e como ele pode ajudar sua startup
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- Autor: Marketing BHub
- Publicado em 01/02/2022
Implementar ideias disruptivas com alto potencial de crescimento exige vários recursos, principalmente financeiros. Por isso, o investimento-anjo pode ser uma ajuda importante para uma startup que está em busca de capital.
O cenário para esse tipo de aporte é positivo. O site PEGN realizou uma pesquisa em 2021 com 18 das maiores redes de investidores-anjo do Brasil. Apenas no primeiro semestre do ano, foram aportados mais de 39,9 milhões de reais em startups no país por meio desse tipo de investimento.
Além disso, o mesmo levantamento indica que o número de investidores-anjo atingiu a marca de 2.560 pessoas no período, alta de 29% em relação ao ano anterior. Logo, existe dinheiro e há interessados em fazer tal investimento.
Mas você sabe o que é exatamente esse tipo de aporte, as vantagens e o que é necessário fazer para conseguir esses recursos? Se a resposta foi não, fique tranquilo. Neste artigo, vamos te explicar como o investimento-anjo pode transformar a sua startup!
O que é investimento-anjo?
Um investimento-anjo é aquele realizado por pessoas físicas que investem dinheiro próprio em startups. Geralmente, empresas que apresentam boas ideias, alto potencial de crescimento e estrutura necessária para usar o capital como propulsor de resultados são os alvos preferidos.
Isso quer dizer que quem faz um investimento-anjo é, na maioria das vezes, uma única pessoa, que pode ou não ser acompanhada por outras. Quem encabeça o investimento-anjo é chamado lead investor, ou investidor-líder, e os demais são followers, ou seguidores do líder.
A ideia de colocar dinheiro para beneficiar terceiros tem origem na antiguidade, na figura do mecenas. Ele era uma pessoa com recursos financeiros que investia em artistas para estes poderem produzir pinturas, esculturas e outras obras de arte.
Porém, o termo investidor-anjo tem origem mais recente, nos anos 1920. Na época, ele servia para designar investidores que custeavam produções de peças de teatro da Broadway, em Nova York (EUA). Como retorno, esses investidores recebiam parte do lucro dos trabalhos.
A figura do investidor-anjo também existe na legislação. Na Lei Complementar n.º 155/16, ficou definido que ele não é considerado sócio da empresa nem tem direito à gerência ou ao voto. Além disso, ele também não responde por dívidas do negócio e deverá ser remunerado pelos aportes em até 5 anos.
Mecenato Moderno e Legislação Atual
O investimento-anjo difere de outros tipos de aportes feitos em casos de aceleradoras, incubadoras, capital semente, private equity ou venture capital. Entre as principais diferenças, estão:
- O investimento-anjo é feito por pessoas físicas ou grupos pequenos de pessoas físicas em empresas com potencial de crescimento;
- As aceleradoras são empresas que fornecem apoio financeiro e consultivo por um determinado período em troca de uma participação acionária;
- As incubadoras contam com modelo tradicional de investimento para pequenas ou microempresas em suas fases iniciais de funcionamento;
- O capital semente visa apoiar startups que já contam com produtos ou serviços lançados e, geralmente, é feito por grupos;
- O private equity é um investimento realizado por fundos que participam de forma ativa do plano de gestão da empresa. Os investimentos podem chegar a dezenas de milhões de reais;
- O venture capital é o investimento feito por fundos ou investidores-anjo em empresas novas ou de médio porte com altas chances de crescer.
Vantagens do investimento-anjo
Obter capital é sempre um desafio para qualquer empresa que está começando ou crescendo, não é mesmo? Por esse motivo, o investimento-anjo pode ser uma grande ajuda.
Porém, há alguns pontos que merecem atenção antes de embarcar nessa jornada. Primeiro, é possível citar o fato de que a empresa deve ter uma boa estratégia de negócio. Uma estratégia sólida e bem fundamentada, naturalmente, vai despertar um interesse maior dos investidores.
Outro ponto a ser considerado é que a empresa não ficará sob responsabilidade do investidor, nem terá sua participação efetiva no dia a dia. Sendo assim, tudo relacionado a gestão ou processos internos continua como tarefa dos sócios.
Confira a seguir os cinco principais benefícios que sua startup pode usufruir com esse tipo de aporte:
1. Aumento no orçamento
O ganho financeiro representado pelo investimento-anjo injeta dinheiro mais rápido no caixa da empresa. Dessa maneira, é possível investir naquilo que é necessário para crescer antes do previsto.
Não são raros os casos de startups que só começam a dar lucro após anos de atividade. Com a ajuda do investimento-anjo, você pode investir em tudo o que é necessário para que seu negócio comece a lucrar mais rapidamente.
A começar pela aquisição de recursos para a empresa. Contratação de equipe, compra ou aluguel de equipamentos, aquisição de ferramentas digitais, tudo isso fica mais acessível com o dinheiro do investidor.
O caminho natural seria esperar a empresa atingir um nível de lucratividade suficiente para destinar o caixa a soluções inovadoras. Porém, com o investimento-anjo é possível adiantar essas etapas e já começar bem à frente do planejado.
2. Investimentos reduzem riscos de perdas
O risco de perder dinheiro pode assombrar muita gente que empreende. É muito comum empreendedores abrirem mão do lucro ou mesmo colocarem dinheiro do patrimônio pessoal na empresa. Nesses casos, se o negócio não atingir os resultados previstos, eles podem perder todo o investimento.
Quem obtém investimento-anjo consegue diluir o risco de perdas financeiras caso o negócio demore a lucrar. Segundo a organização Anjos do Brasil, geralmente, o investidor coloca um valor entre 5% e 10% do seu patrimônio pessoal em uma startup.
Dessa forma, nem você, nem o investidor-anjo perderão todo o patrimônio, caso a empresa demore a dar o retorno financeiro esperado.
3. Quem investe não compra a empresa
Como diz a legislação, quem faz investimentos-anjo não se torna proprietário, nem assume nenhum cargo de gerência da startup que recebe os aportes. Além disso, é da cultura desse tipo de investimento não haver influência no dia a dia do negócio.
Os investidores não interferem diretamente nas decisões dos gestores da empresa ou na forma como eles conduzem o negócio. Sua atuação se assemelha a de um mentor ou conselheiro.
Ao mesmo tempo, o investidor recebe uma participação societária minoritária no negócio, o que prevê o retorno de parte dos lucros da empresa. Nada mais justo, já que ele aplicou dinheiro e visa obter ganhos com esse investimento, certo?
Dessa maneira, a autonomia de fundadores e proprietários será a mesma com o investimento-anjo. A grande vantagem é contar não apenas com recursos financeiros, mas principalmente com o conhecimento que essa figura pode proporcionar.
4. Ganhos que vão além de dinheiro
O dinheiro recebido com o investimento-anjo também é chamado smart money, ou dinheiro inteligente. Isso porque, além dos recursos, essa modalidade de aporte também traz consigo o conhecimento do investidor-anjo.
Quem faz os aportes busca apoiar o empreendedor, aplicando seus conhecimentos, experiência e rede de contatos com o intuito de orientá-lo. Afinal, pessoas que já atuaram em grandes empresas e têm experiência com startups e investimentos geralmente compõem o perfil de um investidor-anjo.
Logo, além do dinheiro dos aportes, a sua empresa também ganhará todo o know-how do anjo.
Como receber um investimento-anjo?
Em todo grande negócio, é necessário um longo tempo de planejamento para que boas ideias na teoria se tornem boas ideias na prática. Com o investimento-anjo não seria diferente. Por isso, separamos algumas boas práticas para se ter em mente durante esse período de preparação:
Estruture bem a sua empresa
É essencial colocar a casa em ordem antes de ir em busca de um investimento-anjo. Isso significa fazer um bom planejamento financeiro e montar boas estratégias de crescimento, para mostrar o potencial da sua startup.
Com isso, sua empresa já vai parecer mais atraente aos olhos dos possíveis investidores. Isso também vai te auto-beneficiar, já que organização e planejamento nunca são demais, não é mesmo?
Monte um bom plano de negócios
O plano de negócios é o que vai mostrar como a sua empresa deseja crescer. Em outras palavras, de que maneira ela estruturou processos e criou metas alcançáveis para prosperar. Esse documento é um “mapa” que direciona as estratégias e ações da startup.
Vá em busca de investidores-anjo
Participar de palestras e eventos do setor de startups é uma das formas de encontrar investidores-anjo. Além de adquirir conhecimentos da área, você ainda pode topar com um investidor sedento por uma boa ideia.
Também há outra opção, as organizações como Anjos do Brasil e Endeavor. Elas atuam como intermediárias nesse processo de investimento-anjo, aproximando empresas de possíveis investidores.
Durante todo esse processo de preparação para receber investimento-anjo, você pode contar com a BHub, sabia?
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