De investidora a empreendedora: conheça Manoela Mitchell, CEO da Pipo Saúde e painelista do BWoman
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- Autor: Marketing BHub
- Publicado em 25/05/2022
Qual é a hora certa para empreender? Para Manoela Mitchell, CEO e cofundadora da healthtech Pipo Saúde, esse momento chegou depois de sete anos trabalhando no mercado financeiro. Passar de investidora de private equity a empreendedora exigiu jogo de cintura e um olhar atento para inovação, diversidade e outras mudanças em diversas áreas.
Em suma a painelista confirmada no BWoman, evento que reunirá lideranças femininas e empreendedoras em São Paulo no dia 1º de junho, Manoela fala com naturalidade sobre as transformações em sua carreira e também no mercado. Atenta a temas como diversidade, liderança feminina e inovação, ela estará ao lado de Isabella Coutinho, head de Legal e Compliance da Kovi, no painel de abertura do BWoman.
Enquanto não chega o dia do evento, você pode conferir abaixo um pouco da experiência e das visões de Manoela sobre alguns dos temas mais atuais do mercado.
BHub: A sua história profissional é um exemplo de adaptabilidade, de transformação. Você trabalhou por sete anos no mercado financeiro, com private equity, até o momento em que decidiu criar o seu próprio negócio, a Pipo. O que te motivou a sair das finanças e abrir uma healthtech?
Manoela Mitchell: A transição de investidora para empreendedora definitivamente não foi fácil. Precisei exercitar outros músculos do meu corpo. É muito diferente planejar algo de executar algo. A decisão de sair do mercado financeiro foi motivada por vários fatores, mas, principalmente, por me sentir um peixinho fora d’água depois de algum tempo.
BHub: Qual foi o maior aprendizado que você teve no mercado financeiro que te ajuda a inovar como gestora hoje em dia?
Manoela: O maior aprendizado foi o pragmatismo. Outro foi sobre a importância de entender como cada ação se reflete nos números.
BHub: O mercado das corretoras de benefícios tem muitas empresas e uma competitividade acirrada. No seu dia a dia, como a tecnologia tem sido uma aliada para ganhar vantagem sobre os concorrentes?
Manoela: O mercado de corretora de seguros não é só competitivo, mas sim extremamente complexo. Não é fácil cuidar de uma jornada tão longa, que vai da compra até a gestão de saúde. Acreditamos que a complexidade desse mercado (muitas operadoras, muitos dados e muitos processos) só pode ser simplificada através da tecnologia. Sendo assim, acaba sendo nosso principal diferencial. Uma jornada intuitiva, que economiza tempo de trabalho dos RHs e ajuda na melhor gestão de saúde dos funcionários. Com o cliente no centro sempre.
BHub: Uma pesquisa da Associação Brasileira de Startups feita em 2021 mostrou que apenas 16,9% dos fundadores de startups são mulheres. E o aumento da liderança feminina pode ajudar a tornar as empresas mais lucrativas, mais competitivas. Como você enxerga esse número? O que é possível fazer para aumentá-lo?
Manoela: Acredito que esse número ainda é baixo, mas nos últimos anos o cenário tem melhorado. Empreendedorismo está muito relacionado à tomada de risco: desde “jogar tudo para cima” a captar investimento. Contudo, e a sociedade ensina muito mais os homens a se “jogarem” do que as mulheres. Logo, precisamos corrigir um contexto histórico para reverter esse cenário o quanto antes. No curto prazo, o que acredito que podemos fazer é evidenciar cada vez mais mulheres empreendedoras e garantir que elas sirvam de exemplo e inspiração para as novas que virão.
BHub: Você tem um olhar cuidadoso com as pessoas dentro da Pipo e uma preocupação especial com a questão da diversidade. Desse modo, uma das suas frases é que “não basta chamar pra festa, tem que convidar para dançar”. Como você analisa os avanços do mercado quando o assunto é diversidade no ecossistema da inovação?
Manoela: Se a gente tivesse que definir “inovar” de uma maneira simples, seria pensar diferente, fazer diferente. Por isso, faz todo sentido uma empresa que quer ser inovadora ser, acima de tudo, diversa. O tema cresceu bastante nas empresas nos últimos anos. Cada vez mais vejo pessoas do C-Level preocupadas com isso. É menos sobre o RH falar de diversidade e mais sobre a empresa falar de diversidade, o que é incrível. Isso se reflete no avanço dos indicadores de diversidade das empresas. Ainda tem muita coisa para acontecer, mas acredito que estamos indo em um bom caminho.
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